Friday, August 5, 2022

MAGGIE MAY CARUTHERS (Playboy Playmate August 2014)

 




Maggie May Caruthers, essa belíssima e esguia Playmate de Agosto de 2014,  destoa barbaramente do padrão físico das outras Playmates escolhidas pelos editores de PLAYBOY ao longo dos 60 anos anteriores.  Do alto de seus 1,80m, do fundo de sua plástica de top-model internacional, essa beldade de Wichita, Kansas, subverte de forma espetacular o conceito da “girl next door” criado por Hugh Hefner para o universo feminino explorado pela revista, pois quando ficamos diante Maggie logo percebemos que não se trata de uma mulher comum. Sem contar que ela surgiu num momento extremamente crítico para a revista. Setores evangélicos acusavam PLAYBOY de ser pornográfica, e, apesar disso não ser verdade, grandes Redes como a Wallmart e a BestBuy passaram a se recusar a vendê-la em suas newsstands. Paralelo a isso, grupos LGBT iniciaram um boicote a produtos de anunciantes que continuassem encaminhando programações de media para revistas como por eles consideradas como “gay unfriendly” como PLAYBOY, PENTHOUSE e HUSTLER. Acuada por todos os lados, a revista partiu para medidas radicais: reduziu ao máximo a exposição de genitais femininos em suas páginas e passou a trabalhar a imagem de suas novas modelos num padrão assemelhado ao praticado da SPORTS ILLUSTRATED SWIMSUIT EDITION. Os resultados foram muito bem-vindos pelo mercado, até porque o padrão fotográfico clássico de PLAYBOY já estava muito cansado e defasado. E, convenhamos, com um mulherão como Maggie para liderar essa virada estética, ficou muito mais fácil convencer o público tradicional da revista a se adequar aos novos tempos. Com isso, PLAYBOY ficou mais próxima de publicações masculinas concorrentes como MAXIM, GQ e FHM. Infelizmente, permitiu que a revista tivesse apenas 5 anos de sobrevida. Quando Hugh Hefner morreu em 2017, já se sabia que PLAYBOY não sobreviveria a ela. Mas de todas as modelos exibidas nas páginas da revista nos seus último anos de vida, Maggie May Caruthers foi, sem dúvida, uma das mais exuberantes e difíceis de esquecer. (Chico Marques)




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